
Alimentação:
Uma dieta variada é bom para sua saúde, mas muitas pessoas não conseguem isso. Algumas pessoas autistas têm uma dieta restrita, comendo apenas uma gama limitada de alimentos; Outros podem comer demais.
Vamos neste documento ajudar a você a entender este cenário, tentar identificar a causas, e trabalhar com estímulos e orientações mais adequados e assertivos.
O que observar:
Em crianças, a rigidez na aceitação dos alimentos é muito comum, não apenas para aqueles que estão dentro do espectro autismo. Não há necessidade de se preocupar demais se a pessoa estiver ingerindo alimentos dos principais grupos de alimentos e também se ela estiver crescendo bem. Fique atento se a criança se enquadrar em alguns destes comportamentos:
- Aceita menos de 20 alimentos.
- Recusa todos os alimentos de um ou mais grupos de alimentos.
- Constipação constante:pode ter um enorme impacto no apetite e exigir medicação.
- Sofrendo de cárie dentária, como resultado de sua dieta.
- Perda peso constante, ou não cresce dentro do esperado.
- Ganha peso excessivamente.
- Comportamento de exposição, como por exemplo: cansaço constante e falta de energia, pode indicar uma deficiência de vitaminas ou minerais.
- Comer itens que não são comestíveis.
- Anemia por deficiência de ferro.
- Faltacom freqüência àescola devido a questões e problemas alimentares.
- Tossir e engasgar durante a refeição, ter infecções pulmonares recorrentes, especialmente se elas apresentarem atraso no desenvolvimento ou deficiências físicas.
- Perde oportunidades sociais, por exemplo: se ela e sua família raramente saem devido a problemas e questões alimentares.
Encontrando a causa:
Comece a fazer anotações sobre tudo que é comido e quando. Um diário alimentar pode ser de grande ajuda e valia para fazer todos os registros e entender o cenário, Às vezes a pessoa come uma variedade maior de alimentos do que você pensava inicialmente. Aqui estão alguns exemplos do que incluir:
- Que horas do dia ela comem? -11h05min.
- O que ela comeu? – Frutas, legumes, proteínas, alimentos salgados e doces, dentre outros.
- Onde ela comeu? – Na escola,em casa, sala de estar, cozinha, etc.
- Quanto elacomeu?–uma porção de 100grs, duas porções, etc.
- Quem estava lá com ela? – A mãe, o irmão, a professora.
- Como as pessoas em volta reagiram ao que ela comeu em particular? – Mamãeelogiou irmão não teve reação, professora parabenizou e incentivou, etc.
- Houve algum fator ambiental diferente? – Rádio estava em segundo plano, TV ligada, etc.
Estas informações podem revelar algumas causas das dificuldades alimentares, ou seja,comer em excesso ou comer pouco. Tente analisar e descobrir se é a quantidade, o tipo, ou a variedade de alimentos a serem consumidos, que possa vir a sera questão central, e então identifique quais são os fatores, problemas,distratores ou motivadores presentes no ambiente durante as refeições. Desordens e problemas sensoriais muitas vezes podem estar envolvidos.
Indicadores gerais: comunicação, recompensas, exercício e exemplos
Comunicação:
Como qualquer abordagem, é importante que você se comunique de forma clara, consistente e calma. Contar uma história pode ajudar uma criança a entender por que comemos e qual é a função da comida, por exemplo:
- A comida nos fornece combustível / energia, que nos permite fazer coisas de que gostamos,
- Comer comida de todos os grupos de alimentos nos dá força e energia.
- A falta de grupos de alimentos pode nos deixar cansados e até doente.
Apresentar informações e estímulos visuais também podem ajudar:
- Produzir cardápios diários e / ou semanais de alimentos com imagens, mostrando a hora da próxima refeição em uma posição de destaque.
- Fornecer ferramentas visuais para ajudar a pessoa a identificar e expressar suas necessidades, sentimentos e preferências, como: escalas de fome e plenitude, ou fotos de rosto felizes / infelizes, etc.
- Ter uma tabela de grupos de alimentos com uma regra onde elas devam escolher pelo menos um alimento de cada grupo por dia.
Tente não categorizar os alimentos em saudáveis e insalubres / bons e ruins. Isso às vezes pode ser levado muito a sério e causar maiores dificuldades.Tente ser mais específico ao falar sobre comida, ou usar fotos e imagens de alimentos, por exemplo: – todas as maçãs parecem iguais, mas têm sabores diferentes; Contudo, nós denominamos todas elas de maçãs.
É possível que a pessoa goste de deliciosas maçãs vermelhas e não aprecie as maçãs verdes, mas ficará confusa ao mostrá-las em uma foto de uma maçã verde e oferecer uma maçã vermelha.
Recompensas:
Usar sistemas de recompensa pode ser eficaz, no entanto, evite usar um alimento preferido como recompensa por experimentar um alimento novo ou não preferido. Isso poderá tornar a comida preferida ainda mais atraente e a o novo alimento uma tarefa muito árdua. Além disso, certifique-se de que a ênfase da recompensa não seja apenas em comer uma certa quantidade de um alimento não preferido, mas em tolerar novos alimentos em volta, ou provar um novo alimento.
Exercícios físicos:
Encoraje atividades que envolvam movimento e exercícios, isso pode ajudar na perda de peso (se necessário) e na redução do estresse, o que contribuirá para o excesso de alimentação ou a falta dela. Se a pessoa estiver relutante, pense se poderia haver algum outro motivo para a resistência, como por exemplo, dificuldade no equilíbrio ou socialização.
Dar o exemplo:
Pode ser útil dar o exemplo do comportamento que você está tentando incentivar. Isso pode significar que toda a família participa de exercícios, evitam petiscar entre as refeições ou seguem uma regra sobre comer alguma coisa de cada grupo de alimento todos.
Maneiras de ajudar:
Sempre fale com um médico da família, nutricionista ou outro profissional da área da saúde sobre os problemas e dificuldades alimentares, pois a restrição aliimentar pode vir associada de outras questões como: desordens sensoriais, doenças, aparêcia dos alimentos, questões sociais, obsessões e rotinas, estratégias de enfrentamento, volume, variedades, dentre outras.
Lembre-se:
“ O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra.”
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